Larga o celular e vai ser feliz!

Sempre fui apaixonada por tecnologia. Meu primeiro celular [que descanse em paz] foi aos 11 anos de idade, época em que ostentar era ter uma capinha personalizada no Nokia 2280 (aquele azulzinho que tinha o jogo da cobrinha). Era uma paixão que só estava no começo, de lá pra cá eu tive nada menos que 11 (ONZE!) modelos diferentes de celular, o que equivale a mais ou menos um aparelho por ano.

Sempre achei o máximo as inovações e a rapidez com que sempre surgiam, cada uma era motivo pra eu querer um aparelho novo. Minha última paixão foi a câmera frontal, eu tinha um Android antiguinho, que até gostava, mas a ideia de tirar “selfies” (que na época ainda não tinha esse nome) me ganhou fácil, e assim parti para o meu 11º modelo. Mas deixa eu destacar que é só uma paixão por inovações, não um fanatismo por ostentar tecnologia. Não tenho coragem de gastar pequenas fortunas só pra ter um aparelho melhor que o do coleguinha, até porque não nasci rica, não vou casar com um rico e a profissão que escolhi não vai me fazer rica (por que não me apaixonei por engenharia?), então tenho que me enquadrar no meu minúsculo orçamento. De que adianta ter um Iphone 5s, mas ter o nome no Serasa porque não conseguiu pagar todas as 48 parcelas? Então fica a dica, meu bem. [aliás, já viram essa notícia?]

Todo mundo tem um celular. Alguns até dois, ou três. E quando eu digo todo mundo, é tipo, TODO MUNDO. Até o mendigo da esquina se duvidar tem (#partiu #calçada #pedirmoedinha #tóiss). E quase todo mundo tem Whatsapp. Se você não tem, sinto dizer, mas… SORTE SUA! Claro que é ótimo poder conversar pelo celular com seus amigos, mandar fotos, vídeos, pornografia, áudios, sem gastar nada a mais por isso, mas daí trocar a interação “tête à tête” por isso? EPA! Peraeeee!

Almoço com azamiga

Happy hour de sexta com os bródi

Rolê com os parça

Como disse no início do texto, sou apaixonada por tecnologia, sou eternamente grata a ela por ter me feito conhecer o amor da minha vida (awwwn *-*) e me aproximar da minha família que mora no mato interior, mas quando estou com eles, sou só deles. De que adiantaria eu aproximá-los quando estão longe, mas afastá-los quando estão perto?

Quando as pessoas que eu amo partirem deste mundo, quero me lembrar de algo mais do que a forma como digitavam, as “carinhas” que mandavam e as “selfies” que tiramos juntos. Quero ter lembranças de verdade, aquelas off-line, que na maioria das vezes, são as melhores. Quero me lembrar do som de suas risadas, não a quantidade de “k”s que colocavam nela. Quero ter mais imagens na minha memória do que na do celular. Se o seu celular quebra, você pode trocá-lo por outro igual ou até melhor, mas e os seus amigos e familiares, alguém poderá substituí-los quando se forem?

Enfim, sem querer ser sentimental e dramática demais, mas já sendo, fica essa pequena reflexão. Agora larga o celular e vai viver de verdade!  

 

“Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas”

(Albert Einstein)

 

Beijo gente, e boa semana!


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